quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eternaltivamente

Nascemos. Quanto tempo nos resta? Vamos vivendo, crescemos, evoluímos, nos dissolvemos um pouco em cada coisa que deixamos nossa marca... e que marca é essa? Nossos traços mais marcantes. Agimos como se nada pudesse nos parar, e nada pode mesmo, se não as nossas próprias limitações - muitas vezes, inadmitidas. Vivemos como se fôssemos viver para sempre, mas quanto tempo esse "para sempre" dura? Ele dura? Enquanto houver memória, haverá vida.

Crescemos. E quanto tempo nos resta? A cada dia nos resta menos um, e nos é acrescentado mais conteúdos no nosso histórico. Seja no tamanho físico ou no tamanho de quem somos, nós sempre crescemos, é inevitável; nós sempre crescemos, é inadiável, ainda que seja indesejável. Enquanto houver vida, haverá memória.
Envelhecemos e morremos. E quanto tempo nos foi dado? Será que o suficiente para envelhecer, será que foi tempo suficiente para viver? Quanto mais, melhor, e não conheço ninguém que adore despedidas, nem tampouco que deseje sentir o seu último suspiro, já que não poderá viver novamente para contar como se sentiu. Vivemos e achamos que seremos eternos, e a vida nos dá um tapa na cara para mostrar o quanto dói. E é bom que doa mesmo, porque a dor nada mais pode ser além da prova de que estamos bem... estamos sentindo, sangrando!

Enquanto houver sangue, haverá vida. Enquanto houver memória, haverá eternidade... ainda que ela seja efêmera.

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