quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eternaltivamente

Nascemos. Quanto tempo nos resta? Vamos vivendo, crescemos, evoluímos, nos dissolvemos um pouco em cada coisa que deixamos nossa marca... e que marca é essa? Nossos traços mais marcantes. Agimos como se nada pudesse nos parar, e nada pode mesmo, se não as nossas próprias limitações - muitas vezes, inadmitidas. Vivemos como se fôssemos viver para sempre, mas quanto tempo esse "para sempre" dura? Ele dura? Enquanto houver memória, haverá vida.

Crescemos. E quanto tempo nos resta? A cada dia nos resta menos um, e nos é acrescentado mais conteúdos no nosso histórico. Seja no tamanho físico ou no tamanho de quem somos, nós sempre crescemos, é inevitável; nós sempre crescemos, é inadiável, ainda que seja indesejável. Enquanto houver vida, haverá memória.
Envelhecemos e morremos. E quanto tempo nos foi dado? Será que o suficiente para envelhecer, será que foi tempo suficiente para viver? Quanto mais, melhor, e não conheço ninguém que adore despedidas, nem tampouco que deseje sentir o seu último suspiro, já que não poderá viver novamente para contar como se sentiu. Vivemos e achamos que seremos eternos, e a vida nos dá um tapa na cara para mostrar o quanto dói. E é bom que doa mesmo, porque a dor nada mais pode ser além da prova de que estamos bem... estamos sentindo, sangrando!

Enquanto houver sangue, haverá vida. Enquanto houver memória, haverá eternidade... ainda que ela seja efêmera.

domingo, 18 de novembro de 2012

Só sinto falta...

"Eu sinto falta das coisas que fazíamos, mas que nunca realmente fizemos. Sonhávamos juntos enquanto vivíamos a realidade comum, eu sinto falta de nós, sinto falta de você e de mim. Sinto falta de pensar que um dia poderíamos ser, mesmo sabendo que nunca seremos. Sabe, eu só sinto falta de você, já que eu sentia que quando estava com você era quando eu existia."

Escrevi enquanto olhava para uma foto, e escutando Sinatra. Loucura, não? Talvez... mas todos nós guardamos um pouco, ou muito, disso na cabeça... e no coração.

sábado, 17 de novembro de 2012

Devaneio I

Eu sonhei com você. Eu sonhei com você e não consigo mais parar de pensar em você. Pareceu algo tão mágico, legal, extraordinário... até que não havia nada além de você, porque todo o resto já havia desaparecido pra mim... nada mais cabia ou se encaixava ali.
Será que é mesmo você? Será que é pra ser? E se não for, quem mais poderia ser? Há alguém além?Se não for eu, mas uma projeção de mim, que busca atentamente por esta projeção de você... o que hei de fazer?
Você, você... "você" é real? Ou não seria mais um fruto da minha perdida e fértil imaginação? Eu já não sei mais o que pensar, porque eu não sei mais no que ou sobre o que pensar. Você me deixou perdida enquanto achava que havia me encontrado. Sou sempre eu, sou sempre assim. É sempre você, em todo lugar, e nunca por aqui.

domingo, 4 de novembro de 2012

Desejo do dia


Um abraço; muitas vezes, isso é tudo que precisamos, porque é como - muitas vezes - as coisas começam, e também como terminam. Já experimentou ouvir uma música que te toca com as luzes apagadas? É estranho como ela parece entrar no seu corpo e te faz viajar por caminhos que você nem mesmo consegue descrever. Nem são caminhos de luz, nem de trevas, são cinzentos e desertos e só contam com a presença de quem realmente queremos naquele momento... e essa presença, geralmente, é de quem desejamos que venha o abraço, que nem sempre está perto.
Um abraço acalenta, acolhe, te faz sentir protegida; nada e nem ninguém pode te atingir naquele momento, e tudo que passar por perto, só passou perto.

Um abraço, tudo que eu gostaria agora... mas não qualquer abraço.