terça-feira, 17 de julho de 2012

Belo disastre

Honestamente, não estou bem. Já tentei me convencer de que eu não precisava de nada além de me aceitar como sou... estava bem há algum tempo, há um longo tempo. Mas há algumas semanas eu já não me sinto a mesma, não sinto como se eu estivesse bem, quer dizer, definitivamente eu me sinto uma gorda triste e perturbada. E de verdade? Agradeço de coração, mas as ajudas que me chegam não de ajudam de verdade. Porque às vezes a gente só precisa desabafar e se sentir abraçada, e de um você vai conseguir, eu confio em você vindo do coração - que não seja de um de seus pais.

Os caminhos pra seguir, eu já os conheço... me falta uma motivação. Não nasci pra viver sob pressão, mas ultimamente tudo, tudo mesmo, só vem ocorrendo com uma pressão extra - e desnecessário, sinceramente.

Tenho me sentido extremamente sozinha, impotente,
carente mesmo, como se me faltasse gás pra alcançar meus objetivos, como se eu não pudesse fazer nada além de ver a vida passar, com todos eles passando nos meus olhos, e me mostrando o que eu poderia ter sido... mas perdi tempo e não fui. Tenho medo de tomar as decisões erradas, e acabo não fazendo nada. Temo mudar e não gostar da mudança, e demorar tudo de novo pra conseguir mudar e talvez não gostar das mudanças novamente.
Sinto-me descarregada, descabelada, desmotivada, desequilibrada, "desmagra", des... des... des... quando eu gostaria mesmo é de trocar o S pelo Z nesse prefixo. E não consigo.

Não é tudo que eu guardo, mas acho que o suficiente por hoje.

Jon McLaughlin - Beautiful Disaster




domingo, 15 de julho de 2012

Carta aos grandes olhos

Eu teria sido uma boa amiga, sim, eu teria sido. Se a cada encontro nosso você não tivesse tomado a palavra e contado sobre a sua vida social e seu coração frágil, sua inocência mascarada, e como você caía nos braços de um qualquer. Ou de uns outros, qual quiseres.
Eu teria sido uma boa amiga se você não exagerasse nos elogios forjados, nas risadas e no apego desapegado.

Eu teria sido uma boa amiga se a cada coisa que eu dissesse, quando você dava chance, você não tivesse ido contar para metade do mundo sobre o que eu confessava. Eu poderia ter sido ainda melhor, se seu vocabulário chulo e desleixado não me fizesse passar vergonha na frente dos meus pais. Eu gostava de você, te ignorar machucava por dentro... mas você mereceu. Agora, então, não reclame da forma como me comporto com você, nem aja como se estivesse certa, como se fizesse o que faz com a razão na barriga.

Não me sinto bem de ter que conviver com alguém como você, da maneira que nos tratamos, porque isso é deprimente; e mais deprimente ainda é ver o quanto você é carente, e o quanto isto te prejudica. Eu ainda cuidaria de você, se você aceitasse ser cuidada e não trocasse a personalidade a cada nova pessoa que cruzasse o seu caminho.

Só te aconselho, agora: se valorize, tome cuidado com as palavras e com que fala sobre os outros; se desespere menos ao tomar as decisões, seja menos impulsiva.

Criança, você vai longe. Só temo que você se perca, e não no meio do caminho, mas se perca na volta, quando precisar lembrar do seu passado, porque afinal: quem é você agora?